Review do Livro Pátria – A história de Drizzt Do’Urden
Com o jogo Dark Alliance lançado, em algum momento no passado indeterminado, dependendo inteiramente de quando eu realmente publico esta resenha e você realmente a lê.
Eu estava inspirado a revisitar as origens do elfo ranger favorito de todos, Drizzt Do’Urden, mas então eu lembrei que na verdade não acho que A Estilha de Cristal, o livro no qual Dark Alliance se baseia, seja necessariamente o melhor lugar para conhecer Drizzt.
Mas felizmente há outro, um lugar melhor, um lugar cronológico. O início da saga.
Confesso que havia tempos que não devorava um livro tão rapidamente desde o Senhor dos Anéis. Livro ao qual releio sempre, justamente para sentir essa vontade de não parar de ler.
DRIZZT DO’URDEN PÁTRIA – Menzoberranzan
Pátria é o livro que começa a história de Drizzt Do’Urden, literalmente, pegando com seu nascimento, a criança Drizzt nasce na casa Do’Urden na cidade de Menzoberranzan.
A cidade subterrânea dos drow, uma cidade de cruéis elfos negros , governado por clérigos da rainha aranha, Lolth.
O terceiro filho nascido da mãe matriarca Malícia de sua casa, Drizzt está destinado a ser sacrificado à cruel rainha aranha, mas quando seu irmão mais velho Dinin assassina seu outro irmão Nalfein durante um ataque a outra casa, Drizzt é poupado de seu destino.
Em vez disso, ser criado para adorar Lolth e acreditar que a decepção, ódio e crueldade da cidade Drow é o único caminho, mas no fundo, Drizzt sabe que existe outro.
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Abençoado com extraordinários dons físicos, Drizzt é quase tudo o que um macho Drow deveria ser, hábil em combate, astuto e mortal, mas falta-lhe uma coisa, um coração cruel, algo que a sociedade Drow tentou e falhou em incutir nele.
Então, vou ser honesto, literalmente não há como ser imparcial sobre este livro, o personagem, o cenário, a série, tudo nele está ligado à minha juventude e, para mim, foi aqui que tudo começou.
Lembro de ficar imaginando como seria Menzoberranzan sem ter muito acesso a materiais aqui no Brasil na década de 90.
Já rolava meus primeiros D20 quanto entrei em contato com o mundo de Forgotten Realms, mas eu não sabia, não tinha certeza de como eu poderia usar todo esse universo dentro da mesa de RPG, afinal não temos hoje tantos tutoriais de como se começar a jogar quanto antes.
PERSONAGENS EM PÁTRIA
Usando o que é francamente um mundo de fantasia bastante genérico.
Pátria e o resto dos livros de Drizzt fornecem personagens com coração e alma, enredos que, uma vez iniciados, o puxam junto com eles e algumas das melhores descrições de luta na ficção especulativa.
Drizzt Do’Urden, Guenhwyvar, Bruenor Battlehammer, Catti-brie, Regis, Wulfgar e Artemis Entreri são todos ícones da fantasia. Porém não aparecem nesse romance.
Entretanto, confesso que conheci toda essa turma pela primeira vez no livro a Estilha de Cristal.
Mesmo que o público de ficção especulativa mais refinado sinta que cresceu…
…você terá que procurar muito para encontrar uma série ou um elenco de personagens que tiveram o poder de permanência de Drizzt e seu elenco de amigos e inimigos.
Com o estouro de Dungeons and Dragons no mundo atual, Pátria é um bom começo para se entender um pouco mais do mundo de Forgotten Realms.
Eu recomendo Pátria e toda a série Legend of Drizzt para quem quer um pouco daquela aventura antiquada com um soco emocional que você normalmente não espera dela.
Qualquer um que já foi feito um pária, apenas por quem eles eram ou onde eles vieram, e qualquer um que já sonhou que o mundo poderia ser diferente de como todos te ensinaram que tinha que ser.
Nota:
4,5/5,0
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Jambô Editora é a editora das histórias do Drizzt Do’Urden no Brasil.
